No último
domingo, mestrei uma partida de Old Dragon pro povo aqui de Porto Alegre. O
jogo foi bem legal, desafiador e cheio de enigmas. Conforme visto aqui, a aventura que preparei era uma
mescla de várias aventuras encaixada no tema do evento: Realidade Virtual.
Dessa
forma, utilizei como base a Cripta do Terror, aventura pronta para Old Dragon,
escrita pelo Rafael Beltrame, mas adicionei à mesma vários elementos de outras
aventuras que eu havia jogado. Basicamente, a cada quinze minutos de tempo
real, eu rolava um dado e uma dessas três situações aconteciam: o grupo era
teletransportado para outra sala; alguma criatura de um encontro aleatório os
atacava, ou eles simplesmente mudavam de andar na dungeon.
Como
eu disse, além da Cripta, usei como inspiração uma aventura lá do Hero Quest
(se não souber o que é, procure no Google), em que os personagens atravessam
quase toda a dungeon por meio de portais, entre outras referências. Os
personagens precisavam recuperar um artefato que estava escondido na dungeon, o
Cetro dos Ossos. Para isso, além de sobreviver, precisavam encontrar a solução
para pelo menos quatro enigmas que estavam dispostos em vários pergaminhos ao
longo da masmorra.
No
total eram cinco personagens: Calliev (Clériga humana), Veltan (Arqueiro Elfo),
Kardathor (Guerreior Humano), Evendur (Guerreior Humano) e Elenwë (Arqueira
Elfa). Como os personagens eram, na realidade, aldeões que foram levados para
uma outra dimensão através das suas mentes, eles simplesmente assumiam avatares
neste mundo virtual que lhes concediam grande poder e diversas habilidades. Por
isso, sorteei os personagens, com os jogadores rolando um dado para descobrir que classe iriam utilizar.
Sobre
a aventura, tivemos de tudo: combate com gárgulas, teletransporte pelas salas,
um grande corredor com armadilhas, que resultou num personagem seriamente
ferido no pé, mancando o tempo todo e a elfa arqueira gravemente envenenada
tanto por uma naga quanto por uma armadilha de gás.
No
final, os aventureiros conseguiram resolver os enigmas e encontrar a sala do
Cetro, mas com diversas baixas: Kardathor morreu afogado no lago onde uma naga
vivia, após se jogar na água sem pensar no peso imenso de sua armadura
completa. Veltan correu sozinho por um corredor escuro, fugindo da naga,
acionando três armadilhas de fogo, sendo sumariamente pulveirzado, sem ter
chance nem de gritar de dor. Com os outros três sobreviventes a situação
ocorreu da seguinte maneira, dando fim à aventura:
“Os três sobreviventes do grupo,
Calliev (Clériga), Elenwë (Arqueira Elfa) e Evendur (Homem de armas) consegue
resolver os enigmas e se dirigir a sala do Cetro de Ossos. Chegando lá, se
deparam com um enorme abismo, algo corruptor, sombrio, obscuro, perturbador.
Calliev, a essas alturas já se encontra completamente corrompida pelo local e
suas estranhas escrituras, apresentando perturbações mentais e deformações
físicas, como perda de cabelo, apodrecimento da pele, entre outras coisas.
Evendur segue mancando graças ao ferimento que sofru no ínicio da dungeon.
Elenwë atingida pela naga e por uma fumaça de gás venenoso, também se encontra
num lastimável estado físico.
Assim
o grupo prossegue, tendo que fazer testes para resistir à influência do abismo
(Evendur não passa, e sente uma enorme vontade de se jogar lá dentro, mas é
impedido pelos outros). Elenwë joga uma tocha dentro do abismo para ver se há
fundo, mas nada escuta. Logo, decidem realizar sua travessia lançando a corda
até o outro lado para atravessar a mesma. Após amarrarem a corda, Elenwë inicia
a travessia, mas devido aos seus ferimentos, acaba caindo no abismo. Evendur,
vai em seguida, porém, não resistindo à influência maléfica do Abismo, decide
se jogar no mesmo para “ajudar” Elenwë. Calliev, a clériga é a única que
consegue atravessar, recuperando o Cetro de Ossos.
Completamente
corrompida pelas forças do Caos e pelo poder do cetro, Calliev, se torna uma
espécie de morto-vivo poderoso, voltando para a vila, matando o mago que os
mandou para dungeon, além de resolver ficar no castelo do mesmo para, dali se
tornar uma espécie de rainha do vilarejo, ajudando no que for preciso.
Mesmo assim,
Calliev sabe que uma presença maligna muita mais poderosa que ela, o chefe da
masmorra da qual ela roubou o Cetro dos Ossos, sabe que ela se apoderou do
objeto, sabe onde ela está, e vai querer ele de volta. Evad Zagyg nunca
descansa!”
Obrigado e até
o próximo post.
Thiago
parece q foi bem divertido!
ResponderExcluirFoi bem legal Rafael. Aliás parabéns pela crueldade, quer dizer criatividade na cripta. Mudei ela bastante, mas a essência mortífera permaneceu.
ResponderExcluirFoi bacana! Vou ficar esperando pra ver o proximo!
ResponderExcluirQuanta crueldade! Deve ter sido ótimo kkk
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